terça-feira, setembro 28, 2010

Homem Incapturável



Eu já amei muitos homens ou pelo menos tive a ilusão de que eu os amava e minha grande frustração como mulher foi que durante muito tempo não conseguia separar o sexo do sentimento, sexo pra mim significava ter o amor do homem por inteiro, e nesse pacote vinha incluso o sentimento de posse, mas depois que esse homem me libertou ele me fez descobrir que hoje o meu sentimento de posse dura o tempo exato de um gozo. Enquanto ele está dentro de mim ele me pertence por inteiro. Ele conseguiu reacender a mulher que estava adormecida em mim, me fez voltar a enxergar com os meus próprios olhos e o que é melhor me vez ouvir os anseios do meu sexo.

Esse homem a que me refiro onde quer que ele vá se torna o centro das atenções, seu charme é irresistível, tem uma certa timidez que se dilui com primeiro copo de vodka, ele sempre se desdobra pra satisfazer o gosto de cada uma das suas mulheres. Ele é o que eu costumo chamar de o homem incapturável. As mulheres caem aos seus pés, quanto mais elas o envolvem mais ele foge, ele sabe que exala desejo, seus olhos são lascivos. Tem sempre o mesmo brilho que quem está fazendo amor.

No nosso primeiro encontro ele quis se masturbar pra mim, disse que queria que eu conhecesse seu pau como ele o conhecia que me mostraria exatamente como lhe dar prazer, eu olhava tudo avidamente, desejava ter a mesma cumplicidade que ele tinha com o seu membro. Eu observava tudo fascinada, a elasticidade das mãos, o ritmo, a mudança do toque entre a pegada firme e a sutileza em que ele acariciava a cabeça com as duas mãos dando o formato de uma concha, em pouco tempo fique intima do seu pau e ao menor toque ele já enrijecia.

Lembro-me que certa vez ele me obrigou a abrir as pernas em frente ao espelho e pintar meu sexo com batom vermelho, depois que eu o fiz ele abriu minhas pernas lentamente e se pôs a me lamber como um felino e aos poucos foi introduzindo os dedos. Primeiro um, depois outro eu os segurei e o acompanhei, os movimentos eram vagarosos, às vezes ele sequer os mexia, eu sentia o volume dos seus dedos dentro de mim e aquilo era uma espécie de tortura, mas que conseguia me atingir de uma maneira visceral.

Quando o gozo se aproximava ele retirava os dedos e sugava os meus seios lentamente, passando a língua pelos bicos, se dedicava a cada um deles com a mesma devoção, meu corpo convulsionava e quando eu chegava a acreditar que já não me restava mais nada ele me colocava de quatro e me pedia que eu me observasse no espelho, ele dizia que nessa posição ele tinha uma visão completa do meu sexo e de todos os orifícios que ele podia adentrar com a língua, com os dedos.

Ele se deleitava com cada pedaço meu era nessa hora que ele acelerava os movimentos, eu me contorcia, movia os quadris como uma louca enquanto ele sussurrava.
- Goze agora! Goze agora que eu estou mandando. Dê pra mim agora. Se entregue como nunca se entregou antes.
Eu sempre obedecia depois desse encontro à sensação que ficou em mim é que eu nunca deixaria de obedecer a esse homem. E que só com ele eu poderia desfrutar de todos os prazeres sexuais que durante muito tempo eu neguei.

Um comentário:

Reynaldo Bessa disse...

Taci...belo texto. Isso merece um vinho. Keep on. Bjs